Saturday 19 July, 2008

Ministrarei no Curso de Direção Teatral da UFRJ disciplina sobre Construção de Utopias: a questão dos Estados Mentais e de Novas Práticas Teatrais


A partir de agosto voltarei a ministrar disciplina que criei em 2006 Construção de Utopias: a Questão dos Estados Mentais e de Novas Práticas Teatrais para o Curso de Direção Teatral da Escola de Comunicação da UFRJ.

A convite da Profa. Dra. Carmem Gadelha, coordenadora do Curso de DT, tratarei de como é possível construir em rede, em meio às instabilidades pós-modernas (movida muitas vezes pela violência, pela fragmentação desagregadora e pelo reiterado sentimento de desencontro e desesperança) estabelecer práticas teatrais que positivem a possibilidade do vigor de uma humanidade agregada.

Tratarei no curso de que a construção de utopias dependem do conhecimento profundo que os atores e os diretores tenham da economia psíquica dos públicos, utilizaremos por exemplo Charles Melman, e do domínio que os atores e os diretores tenham do próprio fluxo de estados mentais como aponta, por exemplo, Mattelart para que eles falem uma voz própria, que nunca é dada, mas conquistada pelo sujeito na medida em que elimina de si, em rede, de forma coletiva, o atravessamento de um discurso de pensamentos e afetos que é o deles.

Experimentaremos de que maneira é possível teatralizar sociabilidades no qual o que esteja em cena não sejam apenas os resultados da brutalidade e da desesperança, resultantes da crença generalizada de que as práticas humanas são guiadas pelo interesse e pelo poder auto-referenciados, mas que estejam em cena tentativas utópicas (no sentido de Jurandir Freire, por exemplo) de referenciar as práticas humanas por outras dimensões humanas como a generosidade, a alegria, a delicadeza, a solidariedade, o diálogo.

Estas experiências são os outros nomes da confiança nos relacionamentos, dos agregadores da redes digitais, das políticas públicas sociais, da responsabilidade socioambiental, do planejamento de vidas, carreiras e negócios sustentáveis, do desenvolvimento humano de pessoas, da inclusão, etc.

Sobre o Curso de Direção Teatral
(trecho de matéria feita pelo Olhar Virtual, do Portal da UFRJ, com a profa. Dra. Carmem Gadelha: http://www.olharvirtual.ufrj.br/2006/index.php?id_edicao=198&codigo=7)

O curso de Direção Teatral da UFRJ foi idealizado e fundado em 1993, mas sua primeira turma só ingressou na universidade um ano mais tarde. A idéia de criar um curso de Graduação ligado ao teatro surgiu quando o então diretor da Faculdade de Letras, professor Edwaldo Cafezeiro, e o professor Lauro Góes incentivaram sua criação. Ambos não aceitaram o absurdo de uma universidade do porte da UFRJ carecer de uma atividade teatral ligada à vida acadêmica. Neste momento, a Faculdade de Letras já oferecia um curso de Pós-graduação latu sensu em teoria e prática do Teatro e, a partir desta experiência, foi implantado o curso de Direção Teatral.

Apesar de ter sido pensado na Faculdade de Letras, o curso de Direção Teatral ficou alocado na Praia Vermelha, na Escola de Comunicação (ECO). Segundo Carmem Gadelha, coordenadora do curso, esta unidade foi escolhida levando-se em conta fatores importantes. “Apesar de caber perfeitamente na Faculdade de Letras, o curso ficou na ECO por total impossibilidade de ser executado à noite, na Ilha do Fundão. O teatro é uma atividade de profunda inserção na vida cultural da cidade, se o curso fosse realizado no campus do Fundão boa parte deste contato com a rica vida cultural do Rio de Janeiro se perderia”, opina a coordenadora.

Além da importância de uma boa localização, existe ainda um outro fato que explicita a lógica de funcionamento do curso de Direção Teatral na ECO: “Na atual configuração de arte contemporânea, a Escola de Comunicação e a Direção Teatral têm um campo de estudo e exploração muito abrangente. O teatro e a comunicação são dois grandes campos de atrito e espelhamento, o que possibilita trocas muito saudáveis da cena com o mundo das imagens”, complementa Carmem.

Saturday 12 July, 2008

Maioridade do ECA é avaliada e tem exercício de construção de futuro no encontro ECA 18 Anos, do Curso de Jornalismo de Políticas Públicas-UFRJ&ANDI


Celebração com avaliação crítica, exibição de raro filme de 1989 sobre os primórdios do ECA, música e construção de cenários onde vigorem cada vez mais os direitos da Infância e da Adolescência: este é o evento ECA 18 ANOS que acontece segunda-feira, dia 14, no Campus UFRJ da Praia Vermelha.

ECA 18 ANOS é uma realização de um grupo de profissionais que concluíram o Curso de Extensão e Disciplina Jornalismo de Políticas Públicas Sociais-JPPS, criado pelo Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ, sob a coordenação do professor Evandro Vieira Ouriques, e pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância-ANDI.

Estarão presentes especialistas como Deodato Rivera, filósofo e cientista político, forte liderança da grande mobilização nacional que antecedeu a votação pelo congresso; Vânia Farias, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente-CMDCA; Ana Carolina Loureiro, Conselheira Tutelar; George Araújo, projetista nas áreas de Educação e Cultura e produtor audiovisual; Rui Marroig, do Forum Rio-DCA; Marisa Santana, gestora do Comitê para Democratização da Informática-CDI e adolescentes do CRIAM Santa Cruz e do Ballet de Santa Teresa, além de Luiz Fernando Romão, do Projeto Legal, e Luiz Fernando Dudu Azevedo, educomunicador e documentarista.

Na abertura do encontro serão exibidos trechos do histórico documentário sobre a elaboração do ECA realizado há 19 anos. O vídeo é parte do copião feito em 1989 por Dudu Azevedo, a pedido da Fundação Odebrecht. Nele estão, entre outros, o cientista político Deodato Rivera e o pedagogo e ganhador do Prêmio Nacional dos Direitos Humanos (1998) Antonio Carlos Gomes da Costa, além de depoimentos de adolescentes. Trata-se de raríssimo testemunho do processo de elaboração do Estatuto, luta presente até os dias de hoje.

No intervalo entre os painéis haverá a apresentação musical dos meninos e meninas do Quinteto Villa-Lobinhos. O encontro se encerra com a Oficina de Construção de Cenários do ECA conduzida pelo Professor Evandro Vieira Ouriques, que é também o coordenador do curso de Jornalismo de Políticas Públicas Sociais-JPPS.

PROGRAMAÇÃO:

9:00 - 9:10 - Abertura:
. Evandro Vieira Ouriques - Coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ
.George Araújo - projetista nas áreas de Educação e Cultura e Produtor Audiovisual

9:10 - 9:20 - Exibição de trechos do documentário de Dudu Azevedo e Fundação Odebrecht, feito em 1989 sobre a elaboração do ECA.

9:20 - 10:20 - PAINEL I
.Vânia Farias- Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente-CMDCA e do Ballet de Santa Teresa
. Deodato Rivera - filósofo, cientista político, participou da elaboração do ECA.
. Ana Carolina Loureiro, Conselheira Tutelar do Município do Rio de Janeiro.
. Mediação: Rui Marroig

10:20 - 10:40 - Apresentação do Quinteto Villa-Lobinhos

10:40 - 11:00 - Recreio com Merenda

11:00 - 12:00 - PAINEL II
. Marisa Santana, Gestora do Comitê para Democratização da Informática-CDI, com depoimentos de adolescentes do Criam Santa Cruz.
. Laís Santos de Oliveira, adolescente integrante do Ballet de Santa Teresa.
. Luiz Fernando Romão, representante do Projeto Legal, e beneficiários do Projeto.
Mediação: Luiz Fernando Dudu Azevedo

12:00 - 13:30 - OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS ECA
Conduzida pelo professor Evandro Vieira Ouriques e por Luiz Fernando Sarmento, do SESC-RIO, com metodologias participativas, com o objetivo de ajudar a consolidar os temas abordados e as redes presentes, de maneira a contribuir para o aprofundamento do vigor de Cenários ECA.

SERVIÇO
Evento: ECA 18 ANOS
Data: 14/07/08
Horário: 09:00 às 13:30h
Local: Auditório da CPM-Escola de Comunicação.UFRJ
UFRJ da Praia Vermelha

Av. Pasteur, 250-Urca-Rio de Janeiro (esquina com Av. Venceslau Brás, entrada pelo portão da UFRJ do lado esquerdo do Hospital Pinel, caminhe 50 metros é o primeiro prédio branco de dois andares à sua direita)

Contato:
Rui Marroig - (21) 9124-9777 - marroig@attglobal.net
Teresa Fazolo - (21) 2552.1495 - 8207.8040 - tc.fazolo@nextcon.com

Tuesday 1 July, 2008

Gestão da Mente Sustentável é artigo e minicurso no Congresso de Excelência em Gestão da UFF






Como desdobramento para as organizações da questão que para a Mídia Livre trato no conceito de Mente Livre, acabo de ter aprovado pelo Congresso Nacional de Excelência em Gestão, do Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente-LATEC.UFF (Qualis CAPES Nacional A), artigo a respeito de minha metodologia, que criei em 2005, de gestão de pessoas, projetos e organizações que querem fazer vigorar o “espírito público”, as políticas públicas sociais e a responsabilidade socioambiental.

Trata-se do artigo
A Gestão da Mente Sustentável: o Quarto Bottom Line
–a questão da Comunicação e da Consciência na Responsabilidade Sociambiental

No mesmo Congresso, que será realizado de 31 de julho a 2 de agosto, realizarei minicurso sobre o tema, que avança o modelo clássico do Triple Bottom Line, internacionalmente adotado pelas organizações desde a década dos 80 e que precisava amadurecer através de um estatuto teórico e de uma prática capaz de identificar e remover os estados mentais responsáveis pela efetivação dos cenários compatíveis com as necessidades imperiosas de sustentabilidade.

A IV edição do Congresso Nacional de Excelência em Gestão-CNEG enfatiza o tema da Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras, através da difusão das informações geradas no âmbito dos centros de pesquisa e nas trocas de experiências entre a academia e as organizações.

O Congresso entende que somente a absorção do conhecimento pelas organizações brasileiras poderá criar a massa crítica necessária para levar às mudanças à nossa sociedade.

Pretende-se promover a difusão e integração dos conhecimentos sobre a Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras, por meio de palestras, workshops e demais atividades que permitam a exploração das experiências e práticas em gestão. A coordenação das diversas áreas é realizada por professores – pesquisadores de Instituições de diversas Universidades brasileiras e estrangeiras, configurando assim, a abrangência nacional e internacional do Congresso.