Sunday 22 June, 2008

Artigo sobre estratégias de comunicação da ICAR é selecionado para a 6a. Conferência Internacional Mídia, Religião e Cultura, este ano na Metodista


"Morra como herege, vá para o inferno ou seja feliz: Uma análise das três estratégias de comunicação psico-política da ICAR para o diálogo inter-religioso" - Área: Estudos culturais de mídia, religião e espiritualidade; Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques - Professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ), onde dirige o Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência. Doutor em Comunicação e Cultura, com a tese: “A Tradição e a Ciência na Unidade do Humano e do Ser: Os Fundamentos de um Novo Modelo de Comunicação e Cultura”. E-mail: evouriques@terra.com.br.

Bernardo Veiga de Oliveira Alves - Aluno do curso de Graduação em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da ECO/UFRJ. Bolsista de iniciação científica da UFRJ. E-mail: bvoa@hotmail.com.

6ª Conferência Mídia, Religião e Cultura
Diálogos na Diversidade

A Universidade Metodista de São Paulo, com o apoio da Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC)- América Latina, realizará a 6ª Conferência Mídia, Religião e Cultura, nos dias 11 a 14 de agosto de 2008.

Tendo como objetivo a formação para a interface com os temas da religião e cultura relacionados à mídia, trazendo contribuições científicas e profissionais para o enfrentamento e superação de questões globais.

O evento contará com presença de pesquisadores, profissionais e estudantes relacionados ao tema da conferência em suas determinadas áreas da comunicação, religião e humanas.


Histórico
A primeira conferência sobre MRC realizou-se em Upsala em 1993, seguida pelas de Boulder em 1996, de Edinburgh em 1999, de Louisville em 2004 e de Sigtuna em 2006. Além disso, a Conferência sobre Mídia Sacra reunida em Jyvaskyla, Finlândia, em 2003 representou importante papel, embora não fizesse parte formal das conferências sobre Mídia, Religião e Cultura. O propósito dessas conferências é a partilha dos mais recentes desenvolvimentos na pesquisa e no estudo do tema. Além de sessões plenárias, os participantes têm a oportunidade de apresentar por meio de palestras e de mesas redondas contribuições em todas as áreas desse tão multifacetado campo. Embora a Conferência admita debates sobre amplo espectro de questões, concentra-se em temas relacionados com a sociedade multicultural e multirreligiosa. Estes encontros têm facilitado o diálogo entre especialistas acadêmicos e pessoas envolvidas com a produção de mensagens midiáticas.

Cada uma das conferências internacionais já realizadas gerou constantes diálogos bem como a publicação destes importantes livros especializados na área: Rethinking Media, Religion and Culture [Repensar a mídia, a religião e a cultura] (Sage, 1997), editado por Stewart Hoover e Knut Lunby, logo depois do primeiro encontro em Upsala, Suécia; Practicing Religion in the Age of Media [A prática da religião na era da mídia] (Columbia University Press, 2002), editado por Stewart Hoover e Lynn Schofield Clark, depois da segunda reunião em Boulder, Colorado; e Mediating Religion: Conversations in Media, Religion and Culture [Mediação da religião: conversas sobre mídia, religião e cultura] (T&T Clark, 2003), editado por Jolyon Mitchell e Sophia Marriage.

Patrocínio
Comitê Internacional da Conferência sobre Mídia, Religião e Cultura

Organização
Universidade Metodista de São Paulo

Local
Universidade Metodista de São Paulo - Campus Rudge Ramos
Rua Alfeu Tavares, 149 - Rudge Ramos
09641-000 - São Bernardo do Campo - SP
Brasil

Idioma oficial da Conferência
Inglês com tradução simultânea para o português e o espanhol

Friday 20 June, 2008

Tratarei da Gestão da Mente Sustentável no Congresso da Associação Brasileira de Recursos Humanos-ABRH a convite da Rebouças & Associados



Estarei nesta segunda, a partir das 15h30m, no stand da Rebouças & Associados no 34º Congresso da ABRH-Associação Brasileira de Recursos Humanos (Centro de Convenções Sul América-Cidade Nova-Rio de Janeiro, Stand 29, Rua Machado Coelho, 100, Cidade Nova-Rio) conversando a respeito da metodologia GMS-Gestão da Mente Sustentável®: o Quarto Bottom Line que criei para ajudar sujeitos de direitos, organizações e redes a fazerem vigorar de fato em suas atitudes (e não apenas nominalmente) a responsabilidade socioambiental, o outro nome do “espírito público”, do trabalho colaborativo, do vigor de agregadores de inovação.

A GMS®, reconhecida nacional e internacionalmente, é o avanço transdisciplinar teórico e operacional (a partir da Teoria da Comunicação, da Teoria da Cultura, da Filosofia Política, da Filosofia da Linguagem, da Psicanálise, da Psicologia Social e dos Sistemas de Gestão) do modelo do Triple Bottom Line-TBL (segurança ambiental, equidade econômica e justiça social), como se sabe utilizado em todo o mundo, como referência-padrão, desde a década dos 80 para gerar sustentabilidade e que não vem obtendo resultados satisfatórios por faltar justamente, sob minha avaliação, e aí nasceu o princípio que move a GMS®, o entendimento de que toda ação no mundo é fruto da ação mental (pensamentos, percepções e afetos) que a determina ou de maneira efetivamente colaborativa e inclusiva ou não.

E que, portanto, a ação mental nada tem de subjetivo, muito pelo contrário -é a única dimensão efetivamente objetiva e concreta que os sujeitos podem ter e têm: o domínio do processo de formação da vontade, quando cada pessoa seleciona do fluxo de seus estados mentais (estados de atenção, pensamentos, percepções e afetos) aqueles que ela autoriza a se tornarem ação no mundo. Portanto a GMS® viabiliza o empoderamento, a desvitimização e a promoção da responsabilidade cidadã, portanto humana, pelos atos que se realiza.

Apresentei pela primeira vez a GMS-Gestão da Mente Sustentável®: o Quarto Bottom Line Painel da Conferência Internacional do Instituto ETHOS 2005 dedicado ao tema Comunicação Ética e Construção de Valores para uma Sociedade Sustentável, mediado por Leno Silva, então assessor de comunicação do Instituto ETHOS, e composto por Rosa Alegria, presidente da Perspektiva e hoje pesquisadora do NETCCON.ECO.UFRJ, do publicitário Ricardo Guimarães, por mim e por justamente Geoff Lye, vice-presidente da SustainAbility, cujo presidente, John Elkington, criou o modelo TBL que, como dito, muda radicalmente de patamar, por viabilizar de fato responsabilidade sociambiental, com o modelo teórico e operacional da GMS-Gestão da Mente Sustentável®.

Le Monde Diplomatique destaca importância da Mente Livre para o vigor da Mídia LIvre


Le Monde Diplomatique
Edição Brasileira — Blog da Redação
Arquivo para Junho 18th, 2008

Dois olhos, dois ouvidos e uma boca só:
Fórum revive a função social da reportagem

Quarta-feira, 18 Junho 2008

Segundo a teoria, a Comunicação acontece quando se consegue atingir, no Outro, aquilo que se almeja. Em meio à chuva de notícias e informação, permanece a carência de pautas realmente novas e significativas. A demanda por organização das mídias reaparece, mas desta vez, requer uma forma horizontal e democrática, capaz de ampliar horizontes aos novos espaços e atores da vida cotidiana - que surgem preenchendo necessidades, cobrindo lapsos sociais

(por Marília Arantes)

Questionando a força em moldes tradicionais da imprensa brasileira, as discussões do I Fórum de Mídia Livre, realizado entre os dias 14 e 15 de junho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), voltaram-se às idéias capazes de re-ligar a Comunicação a sua função democrática e social: a percepção da realidade.

Estruturalmente, o problema volta- se à formação de educadores para a mídia livre. A educação, fonte da crítica, continua a ser uma lacuna brasileira. Mas, se liberdade e autonomia andam de mãos dadas, como fazer horizontal o acesso à informação numa sociedade de desigualdades, em que a ditadura da grande mídia caminha ao lado do conservadorismo?

Durante a quarta des-conferência do Fórum, acerca da ‘Formação para a Mídia Livre’, Evandro Vieira Ouriques, professor da Escola de Comunicação – ECO - da UFRJ, sentenciou: “a mídia só é livre quando a mente é livre”. Criticando o jargão “dar a voz” como resquício de paternalismo no Brasil, mostrou que a questão está em “encontrar a voz” para que indivíduos e grupos possam falar por si, da sua realidade e experiência. A vontade de se representar é o motor de criação de uma mídia contra-hegemônica. Para tanto, as relações de confiança e generosidade tornam-se necessárias. Para ele, essas são “a base da construção horizontal de agregadores de transformação”.

(a matéria segue, veja em http://diplo.wordpress.com/2008/06/18/)

Monday 16 June, 2008

Oficina sobre Mente Livre é a mais concorrida do I Fórum de Mídia Livre!

Soube ontem ao final da tarde que a Oficina sobre Mente Livre, Mídia Livre: a construção de agregadores de inovação, foi a mais concorrida entre todas as 20 oficinas oferecidas pelo I Fórum de Mídia Livre!

Estou muito feliz com isto pois quando sugeri ao Fórum introduzir a questão da Mente Livre na programação como um todo, por entendê-la como decisiva para o vigor de uma Mídia Livre, jamais imaginei esta receptividade, uma vez que o Fórum estava fortemente alinhado pela luta no sentido da obtenção do que chamo "verba livre", ou seja da regulação da distribuição das verbas publicitárias públicas", e pelo fortalecimento do que também chamo de "verbo livre", ou seja, da expansão da cultura digital e das redes, que amplificam a capacidade de multiplicação de vozes.

A questão da Mente Livre é a de que apenas com um fluxo de pensamentos, percepções e afetos renovados é que os midialivristas, cidadãos, comunicadores-cidadãos e cidadãos-comunicadores poderão efetivamente criar um novo mundo. Caso contrário a "verba livre" e o "verbo livre apenas amplificariam o já conhecido.

A oficina contou com a participação, na condução, da Profa. Dra. Sandra Korman Dib, da PUC-Rio, e pesquisadora do NETCCON.ECO.UFRJ, que trouxe uma contribuição muito importante.

Carinhosa-Mente, Evandro

Tuesday 10 June, 2008

A Mídia só é Livre Quando a Mente é Livre. Esta é a questão que introduzi e tratarei no I Fórum de Mídia Livre




http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1039

A mídia só é livre quando a mente é livre
Evandro Ouriques introduz no I Forum de Mídia Livre a questão da Mente Livre

Seiscentas pessoas já confirmaram sua participação no 1º Fórum de Mídia Livre (FML), que acontecerá no Rio de Janeiro neste fim de semana. As inscrições continuam chegando de todo o Brasil, e a expectativa da organização do evento é de que pelo menos 800 pessoas façam parte das questões que serão tratadas no Campus Praia Vermelha da UFRJ.

O Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ faz parte do Comitê Organizador do FML, através de seu coordenador, professor Dr. Evandro Vieira Ouriques, e teve a oportunidade de introduzir a questão da "Mente Livre" na programação do Fórum por entendê-la decisiva para o vigor de uma Mídia Livre, e vai tratá-la em desconferência neste sábado à tarde e em oficina no domingo à tarde.

O Prof. Evandro, cientista político, jornalista, terapeura de base analítica e consultor organizacional, fala aqui deste conceito, que desdobra a linha de pesquisa do NETCCON dedicada à proposição teórica e sustentação operacional de uma economia psico-política da Comunicação e da Cultura.

"O Forum de Mídia Livre é o lugar decisivo para tratarmos da questão da "Mente Livre", que proponho e sustento, pois a "Verba Livre", que o FML quer obter através de pressões legítimas na direção do Governo para que haja distribuição democrática das verbas publicitárias públicas, e o "Verbo Livre", que o FML também quer ajudar a ampliar através da cultura digital e das redes, somente alcançarão seu objetivo de transformação social se os ativistas estiverem livres das sequências mentais do regime de servidão tornando-se ele próprios exemplos vivos no mundo de comunicadores-cidadãos, de cidadãos-comunicadores. O que permite que hajam relações de confiança, sem as quais as redes e toda a esperança nelas depositada por muitos não pode se efetivar, pois a confiança é a base da construção horizontal de agregadores de transformação."

"Ou seja mídia livre só existe quando o midialivrista é de fato livre, fala com voz própria, conseguiu vencer em si mesmo a tendência generalizada de agir com base no interesse e no poder auto-referenciados, atitude que é naturalizada e que impede, como disse, as relações de confiança. Como criar uma rede de redes se não há confiança, se há apenas luta pelo poder? A referência para uma ação livre no mundo é outra, ela precisa ser a generosidade, este para mim o outro nome do “espírito público”, da democracia, dos direitos humanos, dos direitos ambientais, dos direitos das crianças e dos adolescentes, das políticas públicas, da responsabilidade socioambiental.”

"No livro História das Teorias da Comunicação, o belga Armand Mattelart, professor da Universidade de Paris e um dos mais eficientes críticos do monopólio mundial dos meios de comunicação, diz que, nos dias atuais, criados pela produção de estados mentais (e por isto criei em 2005 na Escola de Comunicação a disciplina Construção de Estados Mentais Não-violentos na Mídia) a liberdade política não pode se resumir ao direito de exercer a própria vontade. Ele insiste, e eu concordo plenamente, que a liberdade política hoje reside igualmente no direito de dominar o processo de formação dessa vontade, já que, na maior parte dos casos, ela [a vontade] é capturada por um rio de mídia que atravessa a pessoa ao longo do seu desenvolvimento emocional, educacional, social e histórico. Um fluxo que fala e sente por ela."

"Hoje, a pessoa sente e pensa por meio da mídia que, em nenhum momento, a ajuda a parar e refletir. A aceleração, por exemplo, que os apresentadores dos telejornais utilizam é incompatível com o ritmo respiratório, metabólico. A respiração fica suspensa. E suspensa, impede que as informações entrem e sejam metabolizadas. Impedem, inclusive, que a nossa mente (no sentido do conjunto de percepções, pensamentos e afetos) tenha tempo de excretar o que não serve."

“Não há cultura digital que dê conta de gerar relações de confiança. Para construirmos confiança precisamos de algo ainda mais difícil do que a verba livre e o verbo livre. Precisamos de uma Mente Livre, livre destes tempos de amor líquido, no qual os relacionamentos pouco se sustentam ou não se sustentam pois não há conversa na maioria das vezes, mas tentativas cruzadas, e em rede, de convencimento do outro. Se Zygmunt Bauman [sociólogo polonês] mostra que estamos na época do amor líquido, é porque vivemos uma era de relações líquidas. No entanto, o que garante o vigor da relação colaborativa nas redes, conseqüentemente, o vigor da cultura digital, é exatamente a estabilidade da confiança. Mas o que assistimos é a experiência do atropelamento, das decisões democráticas apenas nominais, quando a prática é a da imposição, da traição e da desconfiança. A grande mídia está, em geral, neste estado, e os midialivristas foram formados por ela, nela. Não nos tornamos livres apenas por uma vontade de ser livre. É um longo e complexo processo, como mostram por exemplo a psicanálise e a psicologia social."

"Baseados na luta política auto-referenciada, na vida como uma luta constante e implacável como única saída imaginada por oposição a um céu idealizado e inexequível, a organização social se mantém, atualmente, por uma estratégia de dessubjetivação, ou seja, de desespeciação: de perda do caráter de espécie, como provam os atos crescentes e sucessivos de horror com os quais convivemos e que estão presentes nas relações das equipes, das redes, das amizades, dos relacionamentos."

"Estamos diante, portanto, de sujeitos não-instalados. Portanto a verba livre e o verbo livre com sujeitos efetivamente não-instalados no qual o que nos fala é um vazamento do inconsciente temos é a expansão da história conhecida, seja ela pessoal e comunitária, racial, de gênero, de classe, etc., de traumas, abusos, discriminações."

"É decisivo portanto investirmos na construção de uma Mente Livre, para que as redes sejam efetivamente redes e não apenas clubes, nos quais o sentido de comunidade desaparece e o de política permanece como sendo apenas a tentativa de administrar grupos de pressão orientados por princípios vagos meta-organizados pela luta pelo poder, pela idéia vertical que alguém que sabe mais do que alguém. Mesmo que esta alguém seja de esquerda..."

"A História prova que os grupos que chegam ao poder tendem a repetir o mesmo padrão de comportamento dos grupos anteriores e prova também que quando as pessoas se juntam começam logo a se engalfinhar pelo poder. Ora precisamos de uma fonte de referência para a ação que não seja a própria ação e uma fonte de referência para a luta política que não seja a própria luta, porque senão colaboramos para o aprofundamento da barbárie. Como então conseguir agenciamentos possíveis de nossas singularidades em torno de objetivos/desejos comuns?"

"A Teoria Social, por exemplo, insiste em dizer que as práticas humanas são movidas pelo interesse e pelo poder. Ora, como é possível então explicar o desejo de democracia, de políticas públicas sociais, de responsabilidade socioambiental? O midiativista, o comunicador, o jornalista, o cidadão, o profissional precisa ser aquilo que ele gostaria de ver no mundo. Precisa dominar o processo de formação de sua vontade para não ser capturado pelos valores que mantêm a exclusão. Vida privada e vida pública são conceitos binários ultrapassados. Precisamos ser de fato o que gostaríamos de ver no mundo, como disse uma vez de maneira lúcida Mahatma Gandhi, aquele que derrubou o pai do Império que está aí, e à cuja mídia os midialivristas querem superar. É decisivo que se pense e se construa uma Mente Livre, pois só assim teremos de fato uma Mídia Livre".

O professor Evandro Vieira Ouriques, coordenador do NETCCON.ECO.UFRJ, pós-doutor em Cultura de Comunicação, Globalização de Mercados e Responsabilidade Ética, pelo Programa Avançado de Cultura Contemporânea-PACC, do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ, tratará da questão da Mente Livre no Grupo de Trabalho Formação para uma Mídia Livre, no sábado à tarde, e na Oficina "Mente Livre, Mídia Livre", que ocorrerá no domingo à tarde.

Os cinco eixos temáticos

Na manhã de sábado (14) acontecerá a cerimônia de abertura do FML e, em seguida, terão início as mesas de discussão com cinco eixos temáticos: Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre; Democratização das Verbas Publicitárias Públicas; Fazedores de Mídia; Formação para a Mídia Livre e Mídias Colaborativas, Novas Mídias.

O primeiro eixo de discussão, segundo os organizadores do FML, tratará temas como "regulamentações, Lei Geral da Comunicação, direito à comunicação, TV pública, telefonia e internet pública, convergência das mídias, pontões de cultura digital, etc". O segundo eixo pretende analisar "a questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação".

O terceiro eixo, sobre o tema "Fazedores de Mídia", pretende fazer um "mapeamento da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências e movimentos sociais que fazem mídia e propostas que tenham o ’público’ e o ’comum’ como referência". Nesse eixo, será discutida a possibilidade de formação de um Portal de Mídia Livre, que poderá servir para potencializar o alcance e a possibilidade de sustentação da "mídia contra-hegemônica".

No quarto eixo, serão analisadas as experiências de universidades, de educação não-formal, de escolas livres, empresas, ONGs, coletivos, etc, que "podem contribuir pela construção de uma ’mente livre’ para formar ’midiativistas’, jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc, que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança".

O quinto eixo fará uma discussão sobre "os movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc) e as políticas de acesso e capacitação para o uso dessas ferramentas nos serviços públicos e mídias livres".

No domingo (15), acontecerá a plenária final do 1º FML, onde serão apresentados os resultados das discussões travadas nos cinco eixos temáticos. A plenária terá espaço para a intervenção de convidados, como representantes de movimentos sociais, centrais sindicais, e partidos: "A intenção é que, durante a plenária final, seja também aprovado o Manifesto da Mídia Livre, documento de princípios do movimento", afirma Gustavo Barreto. Além dos grupos de discussão, os dois dias de evento na UFRJ também abrigarão oficinas (já foram inscritas 16) sobre temas diversos ligados à comunicação.

Movimento começou em março

Jornalistas, acadêmicos e ativistas pela democratização da comunicação divulgaram no início de abril manifesto em defesa da diversidade informativa e da garantia de amplo direito à comunicação.

O manifesto, resultado de reunião promovida em São Paulo em março, lançou as bases para a organização do I Fórum de Mídia Livre.

Convidados

Entre os convidados e organizadores e estão lideranças como Joaquim Palhares, Ivana Bentes, Gustato Barbosa, Antonio Biondi (Intervozes), Marcos Dantas, PUC-RJ, Jorge Bittar, Caetano Ruas, Circo Digital/Pontão de Cultura Digital, Gustavo Gindre, Intervozes/Comitê Gestor da Internet Brasil, Renato Rovai, Revista Fórum, Dario Pignotti, Jornais Página 12, Argentina, e La Jornada –México, Giuseppe Cocco, Le Monde Diplomatique/Global, Emir Sader, CLACSO e UERJ, Mário Augusto Jakobskind, Brasil de Fato, Altamiro Borges, Vermelho, Bárbara Szaniecki, Revista Global, Paulo Lima, Viração SP, Augusto Gazir, Escola Popular de Comunicação Crítica (ESPOCC) da Maré RJ, Marcus Faustini, Escola Livre de Cinema - Nova Iguaçu RJ, Rosane Svartman, Nós do Morro, Hamilton Octavio de Souza, Curso de Jornalismo da PUC-SP, Zilda Ferreira, Educom, João Pedro Dias Vieira, UERJ, Oona Castro, Overmundo-RJ, Ermanno Allegri, ADITAL – Agência de Informação Frei Tito para a América Latina-RJ, Patricia Canetti, Canal Contemporâneo e Conselho de Arte Digital no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), Cláudia de Abreu, Comunicativistas-RJ e Márcia Corrêa, Bem TV.

Programação & local do evento

O I Fórum de Mídia Livre acontecerá nos próximos dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho).

Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Confira aqui os eixos temáticos e a programação completa do evento.

Inscrições podem ser feitas em http://forumdemidialivre.blogspot.com

SÁBADO, 14 DE JUNHO

9h às 12h - Mesa de abertura

ABERTURA DO FÓRUM com convidados e coordenadores do Fórum de Mídia Livre, com Apresentação/Distribuição de documento com questões, propostas, provocações iniciais do Fórum da Mídia Livre em torno dos eixos temáticos. Debate geral com os participantes. Dinâmica da Desconferência: 5 ou 6 convidados preparam uma fala/pauta/provocação de 5 a 10 minutos e depois abre-se a roda para todos que quiserem se inscrever e falar, com um limite de tempo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

12h às 14h - Almoço

14h às 18h - Grupos de Desconferências com cinco eixos temáticos

Reunião em paralelo dos Grupos de Trabalho, moderados por um Coordenador e com a participação de desconferencistas com objetivo de propor um documento enxuto com considerações, encaminhamentos, propostas, em torno das questões do eixo temático do grupo. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

1) Democratização da Publicidade Pública e dos Espaços na Mídia Pública
A questão das verbas públicas de publicidade e propaganda e a garantia pelo poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, assegurando assim maior diversidade informativa e amplo direito à comunicação e outras propostas concretas e pragmáticas. Trabalhar com o conceito de verbas livres.

Coordenador: Renato Rovai (Revista Fórum). Relator: Rodrigo Brandão (Comitê Rio do FML). Convidados: Antonio Mello (Blog do Mello); Claiton Mello (Gerência de Marketing da Fundação Banco do Brasil); Dario Pignotti (Ansa, Página 12 e Manifesto); Emir Sader (CLACSO e UERJ); Giuseppe Cocco (Le Monde Diplomatique e revista Global); Joaquim Palhares (Agência Carta Maior); Mário Augusto Jakobskind (Brasil de Fato); Robinson Almeida (secretário de Comunicação do Governo da Bahia).

2) Políticas Públicas de Fortalecimento da Mídia Livre
Regulamentações, Lei Geral da Comunicação, Direito à Comunicação, TV Pública, Telefonia e Internet Pública, Convergência das Mídias, Pontões de Cultura Digital, etc.

Coordenador: Antonio Biondi (Intervozes). Convidados: Caetano Ruas (Circo Digital/Pontão de Cultura Digital); Jorge Bittar (deputado federal PT-RJ); Lalo Leal (professor da USP); Marcos Dantas (professor PUC-RJ).

3) Fazedores de Mídia
Mapeamento/discussão da rede de produtores de mídia livre, coletivos, sites, jornais, canais, empresas, agências, movimentos sociais que fazem mídia, propostas que tenham o "público" e o "comum" como referência pensando na constituição de um Portal de Mídia Livre. A questão da mídia "contra-hegemônica" e a potencialização da difusão mundial de outras formas de sentir, pensar e agir.

Coordenador: Altamiro Borges (Vermelho). Relator: Leandro Uchoas. Confirmados: Bárbara Szaniecki (Revista Global); Beto Almeida (Telesur); Fátima Lacerda (Agência Petroleira de Notícias); Patricia Canetti (conselheira titular de Arte Digital do CNPC - Conselho Nacional de Política Cultural); Paulo Lima (Revista Viração).

4) Formação para uma Mídia Livre
Como as Universidades, experiências de educação não-formal, escolas livres, empresas, ongs, coletivos, etc., podem contribuir pela construção de uma "mente livre" para formar "midiativistas", jornalistas, radialistas, editores, publicitários, assessores, etc., que sejam criadores de atitudes agregadoras, conteúdos e pautas de fato novas, apontando e construindo assim novos e potentes cenários de expressão, trabalho e mudança.

Coordenadora: Ivana Bentes (ECO/UFRJ e Universidade Rede Nômade); Confirmados: Augusto Gazir (Escola Popular de Comunicação Crítica - ESPOCC); Evandro Vieira Ouriques (Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência - NETCCON.ECO.UFRJ); Fábio Mallini (UFES); João Pedro Dias Vieira (professor da Uerj); Luciana Bezerra (Nós do Morro); Marcus Faustini (Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu); Zilda Ferreira (Educom).

5) Mídias Colaborativas, Novas Mídias
Apresentação/discussão dos movimentos, projetos, ferramentas e tecnologias de criação livre (Software Livre, Creative Commons, Wiki, P2P, sites e portais colaborativos, etc.) e políticas de acessos e capacitação para o uso dessas ferramentas, implantação de ferramentas livres/não-proprietárias nos serviços públicos e mídias livres.

Coordenador: Gustavo Barreto (Consciência.Net) e Anselmo Massad (Revista Fórum). Confirmados: Claudia de Abreu (Comunicativistas); Ermanno Allegri (ADITAL); Oona Castro (Overmundo/Intervozes); Rita Freire (Ciranda).


DOMINGO, 15 DE JUNHO

9h às 12h - Plenária de leitura e aprovação dos relatórios com espaço para intervenções dos convidados, representando movimentos sociais, centrais sindicais, governos, partidos políticos etc.
Apresentação dos resultados dos Grupos de Trabalho. Discussão ampla e geral e Apresentação/Esboço de documento/manifesto do I Fórum da Mídia Livre, sintetizando as proposições e apontando prioridades. Debate. (TRANSMISSÃO ON-LINE)

ALMOÇO - 12h às 14h

14h às 18h - Feira de projetos em espaço de sinergia
Oficinas, Encontros Regionais, iniciativas livres, encontros específicos, atividades propostas, apresentação de materiais produzidos durante o Fórum, nas Oficinas etc.

18h - Evento de encerramento
FESTA/Confraternização - Campus da Praia Vermelha e lugares em fase de proposição.

Haverá uma Sala de Imprensa para garantir a cobertura do evento pelos veículos de mídia livre.

(Esta matéria incorpora trechos de matéria publicada na Carta Maior http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=15047 e trechos de material de divulgação do FML, do NETCCON.ECO.UFRJ e da NovaE)

O Comunicador-Cidadão e a Possibilidade do Vigor das Políticas Públicas e da Responsabilidade Socioambiental é minha palestra para a Redação do Futura


Estarei nesta sexta, 13 de junho, na Redação do Canal Futura para dar, na própria redação, a palestra Comunicador-Cidadão: a possibilidade do vigor das Políticas Públicas e da Responsabilidade Socioambiental, a convite de Jacinta Vieira Rodrigues dos Santos. Palestra-relâmpago é um projeto do Futura: são palestras ministradas diretamente no ambiente da Redação.
Carinhosa-Mente,
Evandro

Thursday 5 June, 2008

Mesa do NETCCON sobre Comunicação e Imaginário do Envolvimento é aprovada pelo Congresso Internacional Imaginário do Envolvimento Desenvolvimento-UFPE



É com muita satisfação que comunicamos que a Mesa “Comunicação e Imaginário do Envolvimento”, proposta por parte do coletivo de pesquisa do NETCCON.ECO.UFRJ, formada pelos Profs. Drs. Evandro Vieira Ouriques, Cristina Rego Monteiro da Luz e Sandra Korman e pela Profa. Mestre Rosa Alegria foi aceita para apresentação no XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário – Congresso Internacional - Imaginário do Envolvimento/Desenvolvimento, a ser realizado no período de 7 a 10 de outubro de 2008, no Recife–PE/ Brasil.

Entre outras autoridades internacionais presentes a este importante Congresso estarão Gilbert Durand e Michel Maffesoli.

Título da Mesa-Redonda
Comunicação e Imaginário do Envolvimento
O objetivo é discutir avanços transdisciplinares (Comunicação, Cultura, Jornalismo, Psicologia Social, Gestão Organizacional e Estudos do Futuro) na compreensão de como se dá em redes colaborativas, aproximando conhecimentos ancestrais e prospectivos, a construção mental (pensamentos, perceptos e afetos) e mediática do Imaginário do Envolvimento, através da construção cidadã e profissional de estados mentais, pautas, posicionamento no mercado de trabalho, sistemas organizacionais e cenários de futuro re-envolvidos político e cosmicamente com a Vida.

Por meio de epistemologia não-dualista dissolve-se as rupturas Natureza/Cultura e Razão/Imaginação e incorpora-se Saberes da Diáspora para responder à pergunta: como estimular no sujeito o processo de consciência de si (condição da sociabilidade do “iguais na diferença”) em meio às propostas de adição ao desenvolvimento, tornando-o capaz de escapar da caverna tecnológica pós-moderna (no qual o reconhecimento pelo capital resulta na iminência do colapso psicótico, vale dizer, do colapso socioambiental) e de comprometer-se com seu ambiente e com organizações socioeconômicas ambientais?

Composição da Mesa e Temas Específicos de Cada Participante:

1. UFRJ, UFF e PUC-SP
Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques, coordenador do Núcleo de Estudos Transdisciplinare s de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Comunicação e Construção do Imaginário do Envolvimento.

2. UFRJ
Profa. Dra. Cristina Rego Monteiro da Luz, professora da ECO.UF R J e pesquisadora associada do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Pauta Jornalística: Fragmentos Externos da Percepção ou Possibilidades de Re-envolvimento?

3. PUC-Rio de Janeiro
Profa. Dra. Sandra Korman Dib, professora do Departamento de Comunicação Social da PUC.Rio de Janeiro e pesquisadora
associada do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Trabalho como Envolvimento Subjetivo do Jovem em Cartografias Sustentáveis.

4. PUC-SP e UNIETHOS
Profa. Mestre Rosa Alegria, diretora de pesquisa do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-São Paulo e pesquisadora associada
do NETCCON.ECO.UFRJ.
Tema: Recursos do Pensamento Prospectivo para Imaginar o Futuro e Reapropriar-se da Esperança.

Coordenador da Mesa:
Prof. Dr. Evandro Vieira Ouriques

Sobre o Congresso

XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário
Congresso Internacional
7 a 10 de Outubro 2008
UFPE – Recife - Brasil

TEMA
IMAGINÁRIO DO ENVOLVIMENTO / DESENVOLVIMENTO


Gilbert Durand coloca, a respeito do “trajeto antropológico”, que a tensão entre dois pólos é responsável por qualquer dinâmica sociocultural. Envolvimento e desenvolvimento são aqui considerados como pólos entre os quais estão incluídas as dimensões da vivência que diz respeito a diversos campos: o político principalmente, mas também o da consciência de cada um quanto às suas responsabilidades sociais, tais como, questões éticas, morais e inclusão/exclusão social. Não se trata pois de estabelecer mais uma dicotomia, mas de perceber estas dimensões como polaridades dinâmicas.

O tema surgiu no Ciclo de Estudos anterior que tratou das dimensões imaginárias da natureza, onde se pôde observar, entre outros, o tratamento dado à natureza em função de projetos de desenvolvimento. Por outro lado, observa-se que os governos vêm propondo planos de desenvolvimento sustentável e de crescimento acelerado. O que significam estas propostas em termos de vivência e de futuro do planeta?

Na imprensa e nas publicações científicas têm se multiplicado as críticas a esse desenvolvimento dito sustentável*. É assim que em 2003 é publicado um livro de Stéphane Bonnevault “Desenvolvimento insustentável. Por uma consciência ecológica e social”, onde ele diz “se ninguém escapa ao desenvolvimento, é que o ocidente autorizou-se a embarcar, sem aviso prévio, o resto do mundo em sua cruzada aberrante, o crescimento econômico a todo custo, sem se preocupar com os amanhãs – que estão longe de ser radiosos, senão para alguns raros privilegiados. Deveríamos nós deixar comprometer o devir do planeta para que alguns possam impunemente assegurar seu delírio de dominação da natureza e satisfazer os desejos de seu gigantesco ego econômico?".

Quando se trata de sociedades não industrializadas, a tônica da vivencia é o envolvimento: diz Virgílio M. Viana em seu artigo “Envolvimento sustentável e conservação das florestas brasileiras”, a respeito dos caiçaras: “Des-envolver para as populações tradicionais - não apenas a caiçara - significa perder o envolvimento econômico, cultural, social e ecológico com os ecossistemas e seus recursos naturais. Junto com o envolvimento, perde-se a dignidade e a perspectiva de construção da cidadania. Perde-se ainda o saber e com ele o conhecimento dos sistemas tradicionais de manejo que, ao contrário do que normalmente se pensa, podem conservar os ecossistemas naturais de forma mais efetiva do que os sistemas técnicos convencionais. O processo de degradação ambiental se acelera com a expulsão - às vezes violenta - das populações tradicionais de suas terras. Obviamente essas conseqüências do desenvolvimento não são coerentes com a busca da sustentabilidade do nosso Planeta. Segundo o dicionário Michaelis, desenvolver significa tirar o invólucro, descobrir o que estava encoberto; envolver significa meter-se num invólucro, comprometer-se. Dessa forma, poderíamos dizer que desenvolver uma pessoa ou comunidade significa retirá-la do seu invólucro ou contexto ambiental; descomprometê-la com o seu ambiente”.

Considerando que os projetos de desenvolvimento dizem respeito a uma visão de mundo específica, e levando em conta as bases míticas destas visões, o objetivo geral deste Ciclo de Estudos sobre o Imaginário é discutir, a partir das dimensões simbólicas, arquetípicas e míticas, as relações entre estes dois termos relativos às diversas alternativas de organização sócio-econômicas ambientais.

COMISSÃO CIENTÍFICA

Danielle Perin Rocha Pitta – Brasil (UFPE)
Elda Rizzo – Brasil (UNESP)
François Guiyoba – Camarões (Universidade de Yaoundé)
Giampaolo Catelli – Itália (Universidade de Catania)
Gilbert Durand - França
Marcos Ferreira Santos – Brasil (CICE-USP)
Maria Aparecida Lopes Nogueira – Brasi (UFPEl)
Maria Cecília Sanchez Teixeira - Brasil (CICE-USP)
Michel Maffesoli – França (CEAQ – Paris V)
Mondher Kilani – Suíça (Universidade de Lausanne)
Neide Miele – Brasil (UFPB)

COMISSÃO ORGANIZADORA

Dr. Alberto Filipe Ribeiro de Abreu Araújo – Universidade do Minho – Braga (Portugal)
Dr. Carlos André Cavalcanti – UFPB (Brasil)
Dra. Danielle Perin Rocha Pitta – UFPE (Brasil)
Dr. Ionel Buse – Universidade Craiova (Roumênia)
Dra. Katiane Nóbrega – RN (Brasil)
Dra. Maria Noël Lapoujade – UNAM (México)
Dra. Maria das Vitórias N. do Amaral – UFRPE/UAG (Brasil)
Dra. Tania Pitta - CEAQ – Paris V (França)
Dra. Rosalira Oliveira – FUNDAJ (Brasil)
Rita Garcez – Núcleo Interdisciplinar de Estudos Sobre o Imaginário (Brasil)

Faço parte do Grupo de Trabalho Executivo do I Fórum de Mídia Livre no qual pude introduzir, e tratarei, a questão da Mente Livre


I Fórum de Mídia Livre se aproxima

Estão abertas as inscrições para o I Fórum de Mídia Livre, que ocorrerá no Rio de Janeiro, dias 14 e 15 de junho, e reunirá participantes de todo o País. O evento é parte de uma ampla mobilização de jornalistas, acadêmicos, estudantes e ativistas e demais interessados pela democratização da comunicação, em defesa da diversidade informativa, do trabalho de colaboração nos novos meios e sua expansão, bem como da garantia de amplo direito à comunicação.

A mobilização começou em uma reunião em São Paulo envolvendo 42 jornalistas, estudantes, professores ou pessoas atuantes na área das comunicações, de diferentes regiões do Brasil, e teve prosseguimento em reunião em Porto Alegre, com a presença de 49 pessoas, e na ABI, no Rio de Janeiro, com 32 presentes. A partir destes encontros já foram realizadas reuniões em Belém, Fortaleza, Recife e Aracaju. Clique aqui para saber quais são os ativistas e entidades que participam desta iniciativa, conforme os relatos dos pré-encontros.

Entre as principais questões levantadas, os presentes discutiram o avanço do movimento de comunicação da mídia livre em todo o País, de maneira que seja obtida a garantia junto ao poder público de espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, a regulação da distribuição das verbas publicitárias públicas em nosso País e o avanço das microestruturas globais mediáticas, assimétricas, improvisadas, parcialmente caóticas e autônomas, como as redes digitais, as migrações, os coletivos e as ocupações urbanas, bem como de agregadores da diversidade da mídia e dos que a fazem. Clique aqui para conhecer os confirmados.

O setor de comunicação, segundo o manifesto em construção disponível no site do Fórum de Mídia Livre, "não reflete os avanços que ao longo dos últimos trinta anos a sociedade brasileira garantiu em outras áreas. Isso impede que o país cresça democraticamente e se torne socialmente mais justo". E continua: "A democracia brasileira precisa de maior diversidade informativa e de amplo direito à comunicação. Para que isso se torne realidade, é necessário modificar a lógica que impera no setor e que privilegia os interesses dos grandes grupos econômicos (...)".

A mídia e os comunicadores em debate

No Rio de Janeiro está sendo levantada e discutida com intensidade a questão de uma economia psíquica da comunicação que dê conta dos agenciamentos internos, psíquicos (pensamentos, perceptos e afetos), dos jornalistas e dos comunicadores, de maneira a que ajam como comunicadores-cidadãos, portanto de maneira inovadora, de fato livre -sem repetir valores que contestam a nível macro-político- e assim produzam ambientes agregadores (diferentes-juntos) na diversidade da mídia tradicional, da mídia contra-hegemônica e da cultura digital.

Outra questão importante é a da mídia contra-hegemônica e a potencialização da difusão mundial das formas de sentir, pensar e agir dos segmentos economicamente excluídos, das comunidades culturalmente marginalizadas ou dos grupos politicamente segregados. O Fórum também se propõe a debater novas perspectivas de comunicação, mais plurais e democráticas. Assim, temas como Creative Commons, Web 2.0 e novas mídias também ganharão destaque nos debates e atividades do evento.

Segundo o documento esboçado na reunião de São Paulo, o objetivo da democratização das verbas públicas visa que "as verbas de publicidade e propaganda sejam distribuídas levando em consideração toda a ampla gama de veículos de informação e a diversidade de sua natureza; que os critérios de distribuição sejam mais amplos, públicos e justos, para além da lógica do mercado; e que ao mesmo tempo o poder público garanta espaços para os veículos da mídia livre nas TVs e nas rádios públicas, nas suas sinopses e meios semelhantes". O documento está disponível no site do evento (http://forumdemidialivre.blogspot.com/).

De forma sincrônica ao evento no Rio de Janeiro, o movimento social de comunicação já está se mobilizando em sete cidades: Porto Alegre, São Paulo, Belém, Fortaleza, Recife, Aracaju e no próprio Rio de Janeiro. Todos os relatos já estão disponíveis no site. O próprio evento é um importante passo na discussão e deliberação sobre os rumos do movimento social de comunicação.

Programação - O I Fórum de Mídia Livre acontecerá dias 14 e 15 de junho de 2008 (sábado e domingo), das 9h às 17h (com pausas entre os debates e grupos de trabalho). Será realizado no campus da UFRJ da Praia Vermelha, no Auditório Pedro Calmon do Fórum de Ciência e Cultura (FCC) e salas anexas. Endereço: Avenida Pasteur, 250 – Praia Vermelha. O Auditório Pedro Calmon fica no segundo andar do FCC.

Inscrições - A participação no I Fórum de Mídia Livre é aberta e a inscrição é obrigatória. Os participantes podem também se informar sobre os pré-encontros em suas respectivas cidades. O custo individual da inscrição é de R$15 (quinze reais) para o público em geral e R$5 (cinco reais) para estudantes, pagos no dia do evento, junto à secretaria executiva do evento. A secretaria executiva emitirá um certificado de participação para os que compareceram nos dois dias de evento.

A inscrição no I Fórum de Mídia Livre não garante, o transporte, estadia e alimentação dos inscritos, que no entanto estão sendo negociados.

Oficinas - O Fórum de Mídia Livre convida todos e todas, participantes, entidades e ativistas, a inscreverem suas propostas de oficinas que tenham por objetivo contribuir com o aprofundamento dos debates, exposição de novos pontos de vista e produção colaborativa. Todas serão avaliadas e terão a sua realização confirmada pela Comissão Organizadora do Fórum, que receberá propostas por email até o dia 06 de junho (sexta-feira). Clique aqui para inscrever sua oficina!

Inscreva-se já e participe dos debates: http://forumdemidialivre.blogspot.com/

Monday 2 June, 2008

Ética e Filosofia na Administração é meu tema de curso no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro



A convite do LATEC-UFF e da Escola de Administração Judiciária do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro inicio nesta quarta, dia 4, no TJERJ, uma série de sete palestras interativas, com multimídia e dinâmicas), a respeito de Aspectos Éticos e Filosóficos da Administração.

É segunda vez que ministro este curso no TJ, sendo que a primeira edição dele teve um resultado excelente.

Carinhosa-Mente,
Evandro